quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

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Duas excelentes obras do Alberto Ferri.
Adoro estas representações, sobretudo a ídea da sedução da mulher enquanto uma criatura maravilhosa, mas muito perigosa e mortal. A mulher que seduz e agarra a sua presa como uma aranha e, que esgota psicologicamente o homem, usando-o até o matar quando finda o prazer sádico do jogo mental e erótico que o homem representa para ela. Mas isto também se aplica em ter-mos de homossexualidade e é muito generalizado este sentimento de atração, caça, prazer/desprazer, drama mental acabando em catarse e extâse carnal traiçoeiro. Esta mulher atravessa os tempos para deixar marca nas sociedades, afirmando assim o seu Poder e definindo os parametros essênciais e primordiais do sado-masoquismo. Quer nos faça impressão e até repulsa este fato é necessário à maneira humana do ser humano se relacionar com o proximo. A atração/repulsa de índividuos Dionisicos que são peões numa sociedade capitalista (consumo e futilidade/depêndencia e extremo controle dos Midia/Internet), extremo controlo e pressão económica e sem valores sociais/éticos, culturais, desgastada que só encontra o escape na perversão e nos excessos sensualístas- nunca assumindo um compromisso com o proximo e escapando-se constantemente por labirintos insertos-pois que é preferível ser a Fera do que ser a Presa na caça da sedução

  Dionisio descansa e adormece os seus sentidos sensualistas depois da dança ritual dos corpos, da sedução e erotismo tribal. Poderia ser um sátiro da maneira atrevida e sedutora em que se apresenta aos demais. Ele é o o provocador por excelência e senhor das grandes farras e orgias. Mais tarde foi apelidado de Baco pelos Romanos, que adotaram logo o seu exemplo e decadente modo de vida. Actualmente este Deus está mais presente na nossa sociedade devido ao período de recessão, revolta e corrupção politica. Devido às manhas, corrupções, roubos e artimanhas do Deus Hermes (que representa a nossa Era actual- aqui em baixo representado com barbas e em constante movimento), Dionisio- Deus Pré-Helénico era também meio irmão de Hermes e filho de Zeus. Dionisio é o Deus do vinho, (e não só!; pois está implicado nas diversões extremas-orgias e excessos sensualistas dos mais variados géneros, sendo uma versão de Pã (um sátiro) ou de Priapus- Deus do sexo e da fertilidade, e igualmente perigoso devido a excessos e violência sexual (muitas vezes íncluindo violações e raptos sexuais). No entanto a necessidade de escape devido aos tempos: ventos e más politicas e injustiças e obscuridade "Dantista" de as boas ou más influências e noticias que Hermes arrasta consigo, cria na nossa situação actual
a necessidade "Dionísica" de escapar com ajuda de drogas, sexo extremo, extrema vulnerabilidade, e uma relevante vontade de refúgio e fuga ao actual presente. Algo que também estou a desenvolver num estudo pessoal, introspectivo, e também profissional, pois penso que isto é muito relevante para o meu filme e grande consciencialização das massas (sociedade).
Ilustração surrealista de Max Ernst

Obra Prima e inspiradora do mestre surrealista/realizador Jacques Tourneur
Ilustração sobre uma versão gay do Deus Priapus, que estou
 também a incluir como personagem do meu filme.





/Priapus tomava pois variadas formas de animais e de sátiro, por vezes bestial e impiedoso.

1 comentário:

  1. De facto está-se perante um ícone a quem desejo o MAIOR Sucesso. Pois devidamente impulsionado para o mundo do espectáculo e das artes, decerto revolucionará muitas das opiniões que ainda desconhecem e não sabem porque de facto nunca lhes foram devidamente traduzidas para a sua linguagem certos e determinados aspectos... Cada vez mais se abrem os horizontes, mas ainda estamos todos muito longe de conhecer determinadas "paisagens"... Os meus sinceros parabéns e continuação do desenvolvimento dos estudos.

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