O guerreiro é uma figura mitológica e histórica com a qual nos identificamos muito. Todos de nós lutamos pela nossa própria independência, liberdade, afirmando os nossos valores pessoais e personalidade única, e temos entranhado no nosso sangue as batalhas pessoais, culturais, territoriais e intelectuais dos nossos antecessores. Muitos de nós lutamos connosco próprios mesmo quando agredimos o próximo... E, depois temos todos batalhas a vencer, obstáculos a superar, e adversários que, invejosos ou intolerantes, nos dificultam a sobrevivência (quer em termos sociais, profissionais, pessoais, e.t.c)
As passadas guerras de clãs ou de classes, são agora guerras de "todos contra todos", onde reina o narcisismo, o hedonismo, a ambição desmesurada, a inveja numa altura em que todos se disfarçam de salvadores e Messias (mesmo o comum dos mortais que se apresenta com a máscara da solideriedade e boa vontade para com o próximo).
No entanto afastamo-nos do Hegel referia na "Fenomologia do Espírito", que se baseia na auto-consciência do individuo consegue ver em si para, depois
tentar compreender a complexidade, a diferença dos pensamentos, sentimentos, valores sociais e
morais dos Outros que o rodeiam.
F.Alberoni refere muito bem isto no seu livro "A esperança", pois faz da necessidade essencial para a criação DIVINA da arte e, o mais interessante é que refere o DESESPERO como primeira etapa essencial, esta dar para criar Entusiasmo (palavra Grega Théos) ou "Presença Divina/Existir em Deus"; o que irá desenvolver o Processo Criativo , dando assim a Arte como resultado final. Ainda, refere que O DESESPERO (desânimo; valores morais e sociais castradores desde a Infância, tornando o Individuo Céptico, Frustrado, Pessimista e até Sado-Masoquista), é o ponto fulcral pois terá, que ser transformado em Entusiasmo para a Arte ter o seu papel enquanto Mito (forma de expressão individual e colectiva que melhora a convivência e a integração do individuo na sociedade. A Arte é pois fruto da História (e experiencias pessoais), ganhando expressão e adquirindo VISÃO ( papel dos Mitos) para ser verdadeira na sua "Alma" e fornecer ESPERANÇA no futuro. Assim, como a nossa infância, educação, valores socio-culturais e pessoais, experiências pessoais vão definir toda a Arte que iremos construir e a influência e ímpacto que terão no meio social e cultural que nos rodeia.
A Morte do Mito é a morte da Esperança.
A Morte da Sociedade é a falta de Esperança.
A verdadeira ARTE nasçe então da criação do artista deparado
com a Insatisfação, frustração e outros obstáculos em momentos de DESESPERO. Como Guerreiro "Criador" ele terá que ser verdadeiro
Com o seu coração, dando às suas criações uma Alma igualmente verdadeira, honesta, dona de uma VISÃO especial e, que terá a sua mensagem enquanto MITO (papel socio-cultural, antropológico e, mesmo Psicologico) na sociedade/meio onde ele se íntegra.

Watercolours/ Drawings by me ;)
Desenhos e Aguarelas de Diogo (eu!) Maria Mascarenhas Andrade
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